Líquen Escleroatrófico: O Que É e Como Tratar

Líquen escleroatrófico é uma condição dermatológica crônica que afeta a região genital, causando coceira e desconforto. Tratamentos incluem corticosteroides, laser e cirurgia para aliviar os sintomas e prevenir complicações.

Dra. Bárbhara Cotta

O líquen escleroatrófico é uma condição dermatológica crônica que afeta principalmente a região genital, podendo causar desconforto significativo e impactar a qualidade de vida dos pacientes. Embora seja mais comum em mulheres pós-menopausa, também pode acometer homens e crianças.

Causas do Líquen Escleroatrófico

As causas exatas do líquen escleroatrófico ainda não são totalmente compreendidas, mas estudos sugerem que fatores autoimunes desempenham um papel importante. Predisposição genética, alterações hormonais e infecções também podem estar envolvidas. A doença não é contagiosa, mas pode se agravar sem tratamento adequado.

Sintomas

Os principais sintomas incluem coceira intensa, ardor, dor e sensação de queimação na região afetada. A pele pode ficar fina, esbranquiçada e apresentar fissuras ou cicatrizes, podendo levar a dificuldades durante relações sexuais e ao fechamento parcial da entrada vaginal em casos mais graves.

Opções de Tratamento

O tratamento visa aliviar os sintomas e evitar a progressão da doença. As principais abordagens incluem:

- Tratamento Tópico: O uso de corticosteroides de alta potência é o padrão-ouro para reduzir inflamação e aliviar sintomas. Outras opções incluem inibidores de calcineurina, como tacrolimus e pimecrolimus, para casos resistentes.

- Hidratação e Cuidados Locais: Manter a pele hidratada com emolientes ajuda a reduzir irritações e prevenir o agravamento da condição. É recomendável evitar sabonetes agressivos e produtos perfumados.

- Terapia a Laser e Fototerapia: Tratamentos como o laser de CO2 fracionado têm demonstrado benefícios na regeneração da pele e redução de sintomas em casos crônicos.

- Procedimentos Cirúrgicos: Em situações graves, especialmente quando há estreitamento significativo da entrada vaginal ou acometimento severo no pênis, a cirurgia pode ser necessária para restaurar a funcionalidade da região afetada.

O acompanhamento com um dermatologista ou ginecologista é essencial para monitorar a evolução da doença e ajustar o tratamento conforme necessário. Embora não haja cura definitiva, o controle adequado permite que os pacientes levem uma vida com mais conforto e qualidade.